Zema lamenta que retorno às aulas presenciais em Minas tenha sido judicializado

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), lamentou que a questão que envolve o retorno às aulas presenciais no Estado tenha sido judicializada. Contudo, o chefe do executivo garante que os secretários de Educação e Saúde estão empenhados em solucionar os impedimentos.

“No que dependia do governo, nós fizemos aquilo que era viável e estava ao nosso alcance. Infelizmente, a questão foi judicializada e nós não tivemos condição de retornarmos às aulas no fim do ano passado. Mas a secretária de Estado de Educação e o secretário de Estado de Saúde estão tomando todas as providências para que nós venhamos a ter isso ocorrendo com a maior agilidade possível”, alegou.

Romeu Zema lembra que o retorno das crianças às escolas também implica em uma questão social, indo além da educação. “As mães já deixaram claro que precisam das crianças pequenas nas escolas. Elas não têm condição de fazerem videoaula em casa porque não tem essa disciplina. Muitas mães precisam trabalhar. A creche e a escola são os lugares onde as crianças ficam para possibilitar que essas mães tenham essa renda que é fundamental para a subsistência das famílias”.

Entenda

As aulas nas escolas estaduais de Minas Gerais foram suspensas em março do ano passado com o início da pandemia da covid-19.

A volta às atividades era programa para o fim do ano passado, mas, em outubro, o juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias de Belo Horizonte, Rogério Santos Araújo Abreu, deferiu o pedido do Sindicato dos Professores do Estado. A decisão suspendeu o retorno das atividades às instituições estaduais de ensino em Minas.

Ao tentar a liberação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o governo apresentou protocolos das secretarias de Educação e Saúde com medidas sanitárias de segurança contra a covid-19. Mas o Estado ainda não teve um retorno positivo e espera conseguir a autorização da Justiça nos próximos dias.