Caso Maria Eduarda: jovem foi morta por asfixia e sofreu abuso sexual, diz delegado
Um rapaz de 26 anos foi preso e confessou ter matado a adolescente Maria Eduarda, de 15 anos, em Formiga. A Polícia Civil informou que ela foi morta por asfixia com a própria blusa e também sofreu abuso sexual. O nome dele não foi divulgado.
Ela estava desaparecida desde terça-feira (2). O corpo de Maria Eduarda foi encontrado neste domingo (7) em um matagal próximo à sede do Tiro de Guerra.
O autor foi preso pela Polícia Militar (PM), nesta segunda-feira (8), em uma padaria da cidade. Durante depoimento, ele confessou ter matado a adolescente e disse que queria roubar o celular dela.
“Ele confessou que seguiu a vítima até próximo ao tiro de guerra. Ela não o conhecia, e o próprio autor disse que decidiu segui-la. Ele afirmou que deu uma gravata na vítima até desacordá-la. Depois a amarrou a blusa e a matou estrangulada”, disse o delegado de Crimes Contra a Pessoa, Luís Paulo Oliveira.
Investigações
Polícia Civil falou sobre o caso nesta segunda (8) — Foto: Wendel Teixeira/Arquivo Pessoal
O delegado Tiago Veiga afirmou durante entrevista coletiva que, com ajuda de imagens registradas por câmeras de segurança, conseguiram refazer o trajeto da vítima.
“A partir da coleta das filmagens concluímos que ele a seguiu por todo o tempo. Elas mostram a vítima andando até a praça do Tiro de Guerra. Pouco depois ele aparecia, sempre seguindo os passos dela, até chegar na praça. Lá não temos as capturas de imagem. Temos o registro dele, depois, jogando o chip fora", afirmou Tiago.
O delegado afirmou que o autor foi identificado por meio das imagens e teve o mandado de prisão contra ele expedido pela Justiça.
“Não tínhamos dúvida de que haveria o fato comprovado posteriormente. Com apoio de cooperadores, usando um drone, achamos o corpo em um matagal próximo ao tiro de guerra", explicou.
O delegado de Crimes Contra a Pessoa afirmou que o crime foi registrado na noite de terça-feira, data do desaparecimento da adolescente.
Foi colhido material genético do rapaz para fazer a comparação com o DNA das lesões encontradas na vítima.
Desaparecimento
O registro do desaparecimento foi feito na quarta-feira (3), pela mãe de Maria Eduarda, na Polícia Militar (PM). Na ocasião, ela contou que a adolescente havia saído de casa por volta das 19h30 de terça e que o horário combinado entre elas para que a adolescente retornasse para casa seria às 22h30.
A mãe ainda explicou aos policiais que dormiu e ao sair para trabalhar na quarta-feira, pensou que a filha estivesse em casa. A falta da menina foi percebida quando a mãe retornou do trabalho para a residência.
Ela disse à polícia que tentou contato com a filha pelo celular, mas desde então, o telefone emitia mensagem de desligado. A PM disse também que a mulher falou na casa da família onde a filha contou que iria, mas foi informada que a adolescente não havia chegado ao local.
