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Para evitar 3º mês de atraso, Atlético pagará salário de março aos jogadores nesta semana

Convivendo com a falta de receitas desde que o futebol foi paralisado devido à pandemia do novo coronavírus, em meados de março, o Atlético completará três meses de salários atrasados dos jogadores no quinto dia útil de junho. Para não deixar isso acontecer, o que poderia acarretar em pedidos de rescisão de contrato por parte dos atletas, a diretoria vai quitar uma folha ainda nesta semana.

De acordo com a Lei 9.615/1998, também conhecida como Lei Pelé, os jogadores poderão entrar com pedido de rescisão indireta do contrato de trabalho caso haja atraso de três meses ou mais no pagamento do salário. Além de dois meses de vencimentos na carteira (CLT), o Atlético deve ainda dois meses de direitos de imagem, que é pago por fora.

Os atrasos de salários no Atlético coincidiram com a inatividade do futebol brasileiro. A folha de março, que deveria ter sido paga no quinto dia útil de abril, foi a primeira a não ser depositada aos jogadores. Mesmo com o corte de 25% anunciado pelo clube no fim de março, os vencimentos de abril também não foram quitados em maio – apesar de a diretoria não ter especificado quando começaria a valer a redução.

Agora, faltando 11 dias para a folha de maio vencer, o que seria o terceiro mês de atraso, o Atlético avisou que vai pagar os valores referentes a um mês na CLT e de direito de imagem. A promessa foi feita pelo presidente Sérgio Sette Câmara em entrevista à rádio 98FM, nessa segunda-feira (25).

Sem dinheiro da TV, que não pagou parte da cota do Campeonato Brasileiro porque a competição ainda não tem data para começar, o clube também deixou de ter verba com bilheteria, venda de atletas e sócio-torcedor.

O Atlético ainda viu reduzir os recursos vindos dos patrocinadores – alguns deles reduziram as cotas pela baixa exposição na mídia. Mas o clube soube explorar as marcas parceiras durante a pausa das competições, utilizando-se de lives diárias na TV Galo, postagens e interações nas redes sociais, para manter parte da arrecadação.

Em abril, Sette Câmara declarou que tinha dinheiro reservado pela parte venda do atacante Chará ao Portland Timbers-EUA, concretizada em janeiro deste ano, mas foi obrigado a escolher quitar uma dívida na Fifa com a Udinese-ITA – prazo era até 27 de abril – em vez de pagar um mês dos salários dos jogadores. O débito, de aproximadamente R$ 13 milhões, pela compra do meia-atacante Maicosuel, em 2014, precisou ser extinto para o clube não ser punido pela entidade máxima do futebol com a perda de pontos no Campeonato Brasileiro.

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