Número de infectados pelo coronavírus no Brasil sobe para 234; suspeitos são mais de 2 mil
Os casos confirmados do novo coronavírus chegam a 234, segundo a atualização divulgada pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira. É mais do que o dobro de três dias atrás.
São Paulo é responsável por mais da metade dos casos (152). Em seguida vêm Rio de Janeiro (31), Distrito Federal (13), Santa Catarina e Paraná (6) e Minas Gerais (5).
Já os casos suspeitos ultrapassaram os 2 mil, chegando a 2.064. São Paulo lidera com 1.177, seguido por Rio Grande do Sul (119), Santa Catarina (109), Distrito Federal (107) e Rio de Janeiro (96).
Transmissão comunitária
O Ministério da Saúde informou na última semana que locais com transmissão comunitária da doença, como São Paulo e Rio e agora o Distrito Federal, devem reduzir a "busca ativa" por casos de novo coronavírus, ou seja, testar para a doença apenas pacientes graves. O cenário indica que o vírus já está em processo de disseminação no território.
A medida marca a entrada destes locais na fase de "mitigação da doença", quando a prioridade é salvar vidas em vez de segurar a entrada da doença no País, pois o vírus já circula ativamente, diz o ministério. O governo reconhece que os dados de casos confirmados devem ficar defasados nesta etapa, mas afirma que a medida é mais racional.
Fechamento de fronteiras
O governo federal realiza nesta segunda-feira, no Ministério da Defesa, reunião para discutir a questão do fechamento ou não das fronteiras brasileiras. A situação mais delicada é do Brasil com a Venezuela. Na semana passada, o governador de Roraima, Antonio Denariu (PSL), pediu que a fronteira com o país vizinho seja fechada no Estado.
Os ministérios da Saúde e da Justiça e Segurança Pública estariam a favor do fechamento, para evitar a ampliação dos problemas no Estado, que sofre com a superlotação de seus hospitais, e chegada constante de imigrantes, por causa da falta de recursos do país vizinho. Os militares, por sua vez, embora reconheçam as dificuldades e preocupações do governador, advertem sobre a complexidade da medida, que poderia acabar se mostrando inócua, dado o tamanho da fronteira e a sua porosidade.
