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Constantes mudanças no elenco citadas por Adilson são justificativas de gestor para manter técnico

As saídas de vários jogadores no início do ano e chegadas recentes foram citadas pelo técnico Adilson Batista em entrevistas recentes para justificar os maus resultados do Cruzeiro. As dificuldades para montar o time, que teve um elenco em janeiro e agora tem outro, foi uma das justificativas de Carlos Ferreira, responsável pelo futebol no Núcleo Dirigente Transitório, para manter o treinador no cargo, horas após o vazamento da informação que o comandante tinha sido demitido.

“A permanência se deu pelas dificuldades encontradas pelo Adilson para desenvolver o seu trabalho em relação aos resultados, que não são os esperados pela torcida, assim como por nós. Mas confiamos no trabalho do Adilson e, evidentemente, infelizmente no futebol brasileiro o resultado é o que move a permanência ou não do técnico. Às vezes, têm algumas ações individuais de determinados jogadores que trazem um resultado ruim e que sempre recai nas costas do treinador”, declarou.

Em duas ocasiões, Adilson afirmou que o seu trabalho ainda não pode ser avaliado porque não tem todos os jogadores à disposição e que fez a pré-temporada com um elenco diferente, citando as saídas de atletas que entraram na Justiça contra o clube e os que rejeitaram a redução salarial.

Na reapresentação do grupo, no dia 6 de janeiro, o técnico contava nos treinos com medalhões remanescentes de 2019, como os zagueiros Dedé e Manoel, os atacantes Fred e Sassá e o meia Rodriguinho, que chegou jogar as primeiras partidas pelo Campeonato Mineiro.

No entanto, nenhum deles pôde ser aproveitado por diversos motivos – Dedé não aceitou a redução salarial, Manoel foi vendido para clube turco, Rodriguinho se acertou com o Bahia, Sassá foi emprestado ao Coritiba e Fred entrou na Justiça contra o clube. Desta forma, vários jogadores do sub-20 que atuaram na Copa São Paulo de Futebol Júnior tiveram que ser promovidos de uma só vez ao profissional para compor o elenco.

Após a vitória sobre o Uberlândia, no dia 1º de março, pelo Campeonato Mineiro, Adilson chegou a citar as dificuldades para dar entrosamento ao time. “O torcedor precisa entender o processo que estamos atravessando. No próximo dia 7, completamos dois meses de trabalho. Tivemos atletas que não ficaram no elenco. Depois aguardamos jogadores que estavam jogando na Copa São Paulo. Tivemos ainda viagens desgastantes nos últimos dias”, alegou.

Depois, após a derrota para o CRB nessa quarta-feira (11), no Mineirão, pelo duelo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, o treinador voltou a tocar no assunto e acrescentou que o clube contratou reforços recentemente – os zagueiros Marllon e Ramon e o volante Jean –, mas que apenas um deles tem condições de entrar em campo imediatamente.

“Estou tentando ajudar, estou tentando trabalhar. Sei das dificuldades, (os jogadores) não estão prontos. É um processo. Dos que chegaram, só o Marllon está pronto. Precisa ter paciência, não é uma justificativa. Os erros vão acontecer e eles têm esse direito de errar. É do processo isso. É essa geração que vai ajudar o Cruzeiro. Tem que ter paciência com ela”, justificou.

A insatisfação da torcida do Cruzeiro com o trabalho de Adilson Batista aumentou na noite dessa quarta-feira (11), quando o Cruzeiro perdeu para o CRB por 2 a 0, no Mineirão, em jogo de ida da terceira fase da Copa Libertadores. Agora, a equipe precisa vencer por três gols de diferença para se classificar ou por dois para levar a decisão para os pênaltis. Na entrevista após a partida, o próprio treinador admitiu que a atuação foi abaixo da esperada.

Após vazar a informação de que Adilson Batista tinha sido demitido na manhã desta quinta-feira e que a diretoria já avaliava nomes para substitui-lo, uma reunião dos integrantes do Núcleo Dirigente Transitório, nesta tarde, decidiu que o treinador será mantido no cargo.

Em contato com a Itatiaia, o conselheiro e principal patrocinador e investidor do Cruzeiro, Pedro Lourenço, disse que, na visão dele, esperaria o término do Campeonato Mineiro para definir o futuro do treinador. A posição do dono dos Supermercados BH parece ter pesado e os integrantes do Núcleo Gestor se reuniram e decidiram que Adilson ficaria.

“Existem algumas rejeições ao trabalho do Adilson na torcida. A gente respeita. Mas nós que acompanhamos o dia a dia do Adilson estamos atentos a todo o trabalho desempenhado por ele. Neste momento, ele é merecedor do nosso apoio e a gente espera vê-lo fazer um grande trabalho e trazendo resultado para o Cruzeiro”, explicou Carlos Ferreira.

Apesar do anúncio da permanência, o trabalho de Adilson poderá ser avaliado novamente pelo clube no próximo domingo, quando o Cruzeiro recebe o Coimbra, às 16h, no Independência, pela nona rodada do Campeonato Mineiro.

Em 2020, Adilson Batista acumula quatro vitórias, quatro empates e três derrotas, um aproveitamento de 48,48%

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