Duas mortes suspeitas por dengue são investigadas em Divinópolis
Duas mortes suspeitas por dengue são investigadas em Divinópolis. A informação foi confirmada ao G1 nesta terça-feira (3), pela diretora da Vigilância em Saúde, Janice Soares.
As vítimas são uma criança de 8 anos que veio a óbito neste domingo (1º), e uma mulher de 34 anos, que faleceu no dia 24 de fevereiro. Conforme Janice, amostras de sangue foram colhidas e enviadas para análise da Fundação Ezequiel Dias (Funed) em Belo Horizonte.
O último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Saúde de Minas Gerais (SES-MG) é do 17 de fevereiro e até então, no Centro-Oeste de Minas, apenas Bom Despacho estava com caso de morte suspeita por dengue em investigação.
O G1 entrou em contato com a SES-MG nesta terça, para falar dos óbitos suspeitos em Divinópolis. A assessoria de comunicação da pasta não informou se os casos já chegaram ao conhecimento do Estado, mas disse que está previsto a divulgação de um novo boletim nesta semana.
Casos de dengue no Centro-Oeste
Segundo o último boletim epidemiológico publicado em fevereiro, somente Carmo da Mata e Nova Serrana permaneciam com casos confirmados de dengue com sinais de alerta. O boletim é feito com base nas cidades que integram a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Divinópolis. Veja abaixo as diferenças entre dengue grave e dengue com sinais de alarme.
Com casos prováveis da doença estavam Formiga, Pará de Minas, Iguatama, Santo Antônio do Monte, Campo Belo, Perdigão e Bom Despacho; os municípios aparecem na lista de cidades do estado com mais casos prováveis de dengue, conforme a taxa de incidência.
Este ano, foram registrados 13.178 casos prováveis de dengue até o último boletim, com 26 municípios com incidência muito alta, 18 com alta incidência, 61 com média incidência, 372 com baixa incidência e 376 municípios sem registro de casos prováveis.
As diferenças entre dengue com sinais de alarme e dengue grave
A SES-MG explicou, através de nota, que as nomenclaturas seguem a conceituação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Diante disso, os casos foram classificados como dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave.
Sendo assim, de acordo com definição da OMS, um caso suspeito de dengue com sinais de alarme é todo caso de dengue que, no período de defervescência da febre (declínio da febre), apresenta um ou mais dos seguintes sinais de alarme:
Dor abdominal intensa e contínua, ou dor a palpação do abdômen;
Vômitos persistentes;
Acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, pericárdico);
Sangramento de mucosas;
Letargia ou irritabilidade;
Hipotensão postural (lipotímia);
Hepatomegalia maior do que 2 cm;
Aumento progressivo do hematócrito.
Já um caso suspeito de dengue grave é todo caso de dengue que apresenta um ou mais dos seguintes resultados:

Choque devido ao extravasamento grave de plasma evidenciado por taquicardia, extremidades frias e tempo de enchimento capilar igual ou maior a três segundos, pulso débil ou indetectável, pressão diferencial convergente ≤ 20 mm Hg; hipotensão arterial em fase tardia, acumulação de líquidos com insuficiência respiratória;
Sangramento grave, segundo a avaliação do médico (exemplos: hematêmese, melena, metrorragia volumosa, sangramento do sistema nervoso central);
Comprometimento grave de órgãos tais como: dano hepático importante (AST o ALT>1000), sistema nervoso central (alteração da consciência), coração (miocardite) ou outros órgãos.