Saulo Fróes: saída de Medioli, clube-empresa, corte de funcionários e contratos com jogadores
O presidente do Núcleo Dirigente Transitório do Cruzeiro, Saulo Fróes, explicou neste domingo, em entrevista à rádio Gaúcha, de Porto Alegre, a saída do diretor-executivo do clube, Vittorio Medioli, e falou sobre assuntos como a redução no número de empregados, os contratos com jogadores que recebem altos salários e a possibilidade de a Raposa se tornar um clube-empresa.
O dirigente afirmou que Medioli deixou o cargo por falta de agenda, já que é empresário e prefeito de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. “Infelizmente, não está dando para conciliar e ele pediu o afastamento, mas continuará nos ajudando dentro do tempo dele possível. Devemos contratar um CEO profissional”, revelou.
Nessa quinta-feira (2), o clube celeste anunciou a demissão de “vários funcionários”. Fróes disse que, atualmente, há quase 700 pessoas com cargos no Cruzeiro. “Nós devemos reduzir, no máximo, para 480 a 500. Foram contratações políticas, de interesse, irresponsáveis”, criticou.
Na redução de despesas está previsto o teto salarial de R$ 150 mil para jogadores. Entretanto, dos 39 que estão no elenco atual, 20 recebem mais do que isso. Ele relata que tendência é que esses atletas rescindam o contrato com a Raposa, mas, se o jogador se recusar, entraria em uma lista de pessoas e empresas com as quais o Cruzeiro está endividado.
“O Cruzeiro tem que pagá-los. Quando? Esse é o problema. Ele vai ter que entrar em uma lista como uma recuperação judicial. Essa forma jurídica está sendo elaborada e deve ser anunciada neste mês. E se ele não aceitar, temos que cumprir o contrato, mas vai receber quando o Cruzeiro tiver condição. Eu acho que é muito melhor para os jogadores trocarem de clube”, declarou.
Fróes confirma que um dos caminhos que a Raposa pode adotar para tentar se reestruturar é se tornar um clube-empresa. “Estamos esperando o estudo ficar pronto. A situação é de pré-falência, mas estamos tentando de tudo para descartar essa possibilidade. Não vamos pedir falência. Talvez esse clube-empresa seja a melhor saída.”
Ele também admitiu que há uma negociação com o diretor de futebol Alexandre Mattos. “Estamos em conversa. Ainda não tem nada fechado”, ressaltou. Mattos se reúne na noite deste domingo com o vice-presidente de futebol do clube, Pedro Lourenço.
