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Convênio permite atuação de estudantes de medicina da Universidade de Itaúna em unidades de Saúde em

As unidades de Saúde de Divinópolis serão utilizadas para a realização de estágios curriculares obrigatórios e residência do curso de Medicina da Universidade de Itaúna. A expectativa é receber cerca de 50 alunos em 2020, com um repasse de mais de R$ 2 mil por estudante.

O convênio assinado nesta segunda-feira (16), foi firmado entre o o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Social (IBDS) - gestora da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Padre Roberto - , a Prefeitura de Divinópolis e a Universidade de Itaúna.

O reitor da Universidade, Faiçal David Freire, ressaltou que a iniciativa gerará recursos para a saúde. “Além da ampliação no atendimento, a parceria agrega ainda recursos ao custeio da saúde, com o repasse pela Universidade de R$ 2.130,00 por aluno”, quantificou o reitor. Ainda segundo Freire, a oportunidade será priorizada para estudantes de Divinópolis.

Parte do recurso será usado na melhoraria da UPA Padre Roberto, conforme Bráulio Viana, do IBDS. “Nossa satisfação de constituir essa parceria consiste basicamente na possibilidade de melhorar a estrutura dessa unidade, tão necessária para a população de Divinópolis”, concluiu.

Segundo ele, o Instituto se obriga a realizar o repasse do pagamento dos médicos preceptores e os recursos remanescentes serão utilizados para a aquisição de capnógrafo, carrinho de emergência e na reforma e adequação estrutural da pediatria.

Para o prefeito de Divinópolis, Galileu Machado (MDB), "parcerias como essa são importantíssimas para o município, principalmente, em momentos de dificuldades financeiras".

Nova Gestão

O IBDS assumiu a gestão da UPA oficialmente há 60 dias depois de apresentar o menor preço para gerir a unidade, que até então estava sob a direção da Santa Casa de Formiga. O contrato foi homologado em julho.

Um dos termos do documento prevê que o custo com funcionários seja arcado pela IBDS e não mais pela Prefeitura, como ocorria na direção da Santa Casa.

O assunto causou polêmica e no dia 10 de julho, o Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste de Minas Gerais (Sintram) divulgou que havia impetrado um mandado de segurança para que servidores municipais não fossem transferidos depois que a nova gestão assumisse.

Balanço

Após 60 dias na gestão da unidade, o Instituto apontou melhorias como fim da demora no atendimento e reestruturação da folha de pagamento.

A reestruturação da folha e do sistema de atendimento fez com que o custo mensal fixo passasse de R$ 2,294 milhões para R$ 1,517 milhão. No entanto, segundo o assessor técnico do IBDS, Paulo Maia, a principal conquista foi a redução do tempo médio de atendimento que não pode passar de 45 minutos.

Mudança

A UPA era administrada pela Santa Casa de Caridade de Formiga. No entanto, devido a uma crise financeira enfrentada pela Santa Casa, a prestação de serviços na unidade em Divinópolis foi afetada por várias vezes.

O contrato com a Santa Casa e a Prefeitura de Divinópolis estava previsto para encerrar em setembro deste ano. Desde o fim de 2018, a Instituição havia divulgado a impossibilidade de renovação do contrato.

Problemas na UPA

Nos últimos anos denúncias de prestação de serviço precária, filas, falta médicos, vagas e atendimento demorado foram mostradas pelo G1. Diante da situação, a Câmara Municipal fez em dezembro de 2017 a publicação de uma portaria que determinou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar denúncias de irregularidades na gestão da unidade.

Em abril de 2018, um relatório feito pela Comissão de Saúde da Câmara de Divinópolis apontou a existência de diversas irregularidades na estrutura física da UPA.

No dia 14 de novembro de 2018, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Prefeitura de Divinópolis realizaram uma reunião em que ficou definido que a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) teria 30 dias para apresentar um plano com soluções para os problemas.

No final de novembro do mesmo ano, os médicos da UPA Padre Roberto iniciaram uma Operação “Tartaruga”. Eles reivindicavam o pagamento de salários atrasados. Somente casos de urgência e emergência, classificados pelo protocolo de Manchester com as cores amarelo, laranja e vermelho, eram atendidos.

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