Ciganos indiciados por morte de jovem em Itaúna em 2014 vão à julgamento

A família de ciganos indiciada pela Polícia Civil pela morte de Geiziane Fernanda da Silva Matos, no ano de 2014 em Itaúna, está em julgamento desde o início da manhã desta segunda-feira (30), em Divinópolis. A segurança do Fórum foi reforçada na portaria de entrada e o acesso ao prédio foi restrito.

O júri foi formado por cinco mulheres e dois homens. O plenário ficou vazio, contendo apenas a presença de estudantes de direito. Isso porque testemunhas alegaram medo de falar na frente do acusado.

Pela manhã foram ouvidos sem a presença do réu no plenário as testemunhas consideradas chave no processo. Todas confirmaram ocorreu uma briga depois de uma festa e que os envolvidos tinham ingerido bebida alcóolica. Em juízo, o réu disse que teve apenas a intenção de ajudar a vítima, que pediu socorro.

A audiência foi interrompida para um intervalo e volta nesta tarde. A previsão é que a sentença seja proferida até o final do dia.

O caso

Geiziane Fernanda da Silva Matos foi atingida por vários disparos de arma de fogo dentro de um bar, na Avenida Jove Soares, no Bairro Nogueira Machado.

Segundo a Polícia Militar (PM), no dia do crime a vítima foi abordada pela cigana Luciana Soares da Costa, de 29 anos - na época, que entrou no local e começou a agredi-la fisicamente. Em seguida, um outro cigano chegou ao local e disparou oito vezes no peito da jovem.

Os investigadores da Polícia Civil apuraram que a vítima não pertencia ao grupo de ciganos e foi morta depois de se envolver com um dos membros da família, contrariando as tradições ciganas.

Também foi constatado que pai, filho e filha da mesma família estavam envolvidos no homicídio.