Ministro acredita que Petrobras vai reavaliar polÃtica de preço dos combustÃveis
O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou acreditar que a Petrobras vai reavaliar a polÃtica de preços dos combustÃveis. "Eu entendo... Eu, Marun, que entendo muito pouco de economia... que a Petrobras vai reavaliar (a polÃtica de preços). Porque a Petrobras existe no Brasil. Ela vende no Brasil. Ela explora petróleo no Brasil, pode até ter essas invenções de Pasadena... Mas o Brasil é o grande mercado e é a essência da existência da Petrobras", disse o ministro, durante entrevista ao programa Canal Livre, da Band, na madrugada desta segunda-feira (4). "Não adianta a Petrobras dizer que eu sou uma grande empresa eficiente, só que eu não sirvo para o meu consumidor", acrescentou.
Marun, no entanto, foi evasivo ao responder o que a estatal deverá de fato fazer em relação ao assunto. "É absurdo um governo exigir, como exigiu no governo Dilma, que a Petrobras tenha prejuÃzo numa polÃtica eleitoreira", disse. Ao mesmo tempo acredita o ministro, "a Petrobras pode assumir alguns riscos" - atitude que considera ser "a essência do capitalismo".
Depois de ser intensamente questionado pelos entrevistadores sobre a polÃtica de preços, Marun disse que o "governo não vai interferir" na estatal. Em outro momento, porém, afirmou que a polÃtica de reajustes diários dos preços dos combustÃveis não é "compatÃvel com o mercado brasileiro".
Questionado sobre o motivo da saÃda de Pedro Parente do comando na estatal, na sexta-feira (1º), apesar de o governo garantir que a polÃtica de preços será mantida, Marun desconversou e negou que o governo tivesse sido pressionado por agentes polÃticos para retirar o executivo do cargo. Em outro momento da entrevista, o ministro afirmou que não entende do mercado de combustÃveis, o que o impediria de se aprofundar no tema.
Questionado se o governo não foi incoerente ao aprovar a polÃtica de preços da Petrobras e, para encerrar a greve, ter reduzido e congelado o valor do diesel por 60 dias, Marun disse que a mudança de cenário exigiu uma nova postura. "A elevação de dólar e petróleo fez com que a polÃtica se tornasse incompatÃvel ao Brasil", disse. Marun ainda afirmou que "combustÃvel não é chocolate, que um dia você come um e no outro come outro", em referência à ausência de alternativas por parte do consumidor.
Caminhoneiros
O ministro disse não acreditar em novas paralisações dos caminhoneiros, diante do fato de que boa parte das reivindicações da categoria foi atendida. "As informações que nós temos é de que existem alguns lÃderes que estão tentando fazer com que o movimento volte com intensidade. Nossa avaliação é de que isso não vai acontecer", disse, em referência à s manifestações convocadas para esta segunda-feira (4) em BrasÃlia.